O jantar - Herman Koch - Resenha do Léo


Nome do Livro: O Jantar
Nome Original: Het Diner
Autor: Herman Koch
Lançamento: 2013
Editora: Intrínseca
Páginas: 256

Sinopse:
Em uma noite de verão, dois casais se encontram em um restaurante elegante. Entre um gole e outro de vinho e o tilintar de talheres, a conversa mantém um tom gentil e educado, passando por assuntos triviais como o preço dos pratos, os aborrecimentos do trabalho, o próximo destino de férias. Mas as palavras vazias escondem um terrível conflito, e, a cada sorriso forçado e cada novo prato, o clima fica ainda mais tenso.
Um fenômeno best-seller internacional, um suspense sombrio, conto altamente controverso de suas famílias que lutam para tomar a decisão mais difícil de suas vidas no percorrer de uma refeição. É noite de verão em Amsterdã e dois casais se encontram em um restaurante da moda para jantar. Entre garfadas de comida e raspadas educadas de talheres a conversa permanece um zumbido suave de discurso educado - a banalidade do trabalho, a trivialidade das férias. Mas por trás de palavras vazias, coisas terríveis precisam ser ditas, e com cada sorriso forçado e cada novo rumo as facas estão sendo afiadas. Cada casal tem um filho de quinze anos de idade. Os dois meninos estão unidos por sua responsabilidade por um único ato horrível, um ato que provocou uma investigação policial e quebrou as confortáveis e isoladas vidas de suas famílias. A medida que o jantar atinge seu clímax culinário a conversa finalmente toca em seus filhos. Assim como a civilidade e amizade desintegra-se cada casal mostra o quão longe eles estão dispostos a ir para proteger aqueles que ama. Uma escrita tensa e incrivelmente emocionante, contada por um narrador inesquecível, O Jantar promete ser o tema de inúmeros jantares. Espetando tudo, desde os valores dos pais, menus pretensiosos a convicções políticas, este romance revela o lado obscuro da gentil sociedade e pergunta oque cada um de nós faria em face de uma inimaginável tragédia.

Apesar de achar um exagero que o livro seja comparado ao Garota Exemplar, O Jantar,escrito pelo holandês Herman Koch, traz um thriller psicológico ardiloso sobre um crime brutal deixando em jogo a sobrevivência de duas famílias. 

O livro é narrado por Paul, um pai de família que é completamente apaixonado por sua esposa Claire, e seu filho, Michel. Na trama, Paul e Claire estão como convidados em um restaurante requintado com Babette e Serge para discutirem o futuro de seus filhos.

Serge, o irmão mais velho de Paul, é um político ambicioso, candidato a primeiro-ministro, capaz de qualquer coisa para conseguir reconhecimento, seja lá de que forma. Com sua esposa, Babette, eles têm dois filhos biológicos, Rick e Valerie, e um adotado, Beau. 

Na mesa do jantar, os casais tratam com cautela sobre um assassinato perturbador – ou incidente, como você preferir chamar – que envolve principalmente seus filhos, Rick e Michel. Com o passar dos pratos e taças com vinhos caríssimos, percebemos que cada casal faz de tudo para proteger seus filhos. 

Enquanto os casais estão decidindo seu próximo passo, está simultaneamente acontecendo um outro fato que me deixou arrepiado e completamente atordoado, em um bom sentido. O livro é cheio de suspense e os flashbacks de Paul dão uma descontraída importante. 




O livro está distribuído em capítulos, como na maioria dos livros, porém divididos em partes bem criativas, como mostra a imagem.

Enquanto eu pensava que não tinha como acontecer mais nada que pudesse ir arruinando com essas famílias, Herman criava o inimaginável. O começo da leitura foi lento – certamente por isso não darei a pontuação total nesse livro –, mas chegando nos meados do livro o enredo começa a engrenar. O autor descreve muito as comidas, o que tira parcialmente o foco da trama.

A frase de divulgação basicamente é: “Até onde pais são capazes de ir para proteger seus filhos? ”. No começo me pareceu uma frase boba. Mas após o termino do livro tive uma visão mais sombria dela.

O Jantar já foi adaptado cinematograficamente na Holanda em um filme chamado “Het Diner“ e recentemente ganhou outra adaptação em uma versão hollywoodiana que ainda está sem data para estreia. 

Assista o trailer do filme na versão holandesa:


*Livro escolhido para Maratona Literária #EuSouDoideira


Classificação (0 a 5): 4,5


  



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http://www.leituranossa.com.br/2014/06/post-premiado-de-junho.html

7 comentários:

  1. Adorei a resenha. Este foi se dúvida um dos melhores livros que li neste ano, e eu não sabia que foi adaptado para o cinema!!

    Beijos, Paola
    uma-leitora.blogspot.com.br

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  2. Não tinha muito interesse do livro, mas seu comentário sobre a frase “Até onde pais são capazes de ir para proteger seus filhos? ”. me deixou curiosa.
    Bjs, Rose.

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  3. Amei a sinopse e também resenha. Nunca tinha ouvido falar dele, e achei muito legal a ideia principal... esse suspense todo e tudo mais. Fiquei mega curiosa, e também gostei muito do trailer.
    Beijos

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  4. Oi Léo!
    Estou bem curiosa para conferir a adaptação cinematográfica porque, assim como você, gostei muito do livro.
    Também não concordo com as comparações a Garota Exemplar. Acho que ambos são ótimos thrillers psicológicos, mas para mim a semelhança acaba por aí.
    Beijos
    alemdacontracapa.blogspot.com

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  5. Confesso que a primeira vista não me interessou, mas a forme como vc fala na resenha me fez pensar assim: Será que eu me arrepiaria tbm? rsrs Não sou chegada muito em comparações, tirando alguns casos que são quase plágios.. rsrs Ou aquelas histórias de Amor que tem sempre o mesmo enredo: A exemplo, livros do Nicholas Sparks.
    Abraço!

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  6. Olá!

    Acho que a comparação mais valida sobre o livro "O jantar" seria com a peça "O deus da carnificina" que inspirou também um filme. Ambos envolvem um jantar entre duas famílias em que é discutido o comportamento de seus filhos. Nesse caso, as tramas são mais parecidas do que a de "Garota Exemplar".

    Um abraço!

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  7. a semelhança com deus da carnificina me incomodou profundamente. até porque o texto da yasmina reza foi publicado uns anos antes.

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