Quando criança, Julia viveu na grandiosa propriedade de Wharton Park, na Inglaterra, ao lado de seus avós. Lá, a tímida menina cresceu entre o perfume das orquídeas e a paixão pelo piano.
Décadas mais tarde, agora uma pianista famosa, Julia é obrigada a retornar ao local de infância na pacata Norfolk após uma tragédia familiar. Abalada e frágil, ela terá que reconstruir sua vida.
Durante sua recuperação, ela conhece Kit Crawford, herdeiro de Wharton Park, que também carrega marcas do passado. Ele lhe entrega um velho diário que trará à tona um grande mistério, antes guardado a sete chaves pela avó dela.
Ao mergulhar em suas páginas, Julia descobre a história de amor que provocou a ruína da propriedade: separados pela Segunda Guerra Mundial, Olivia e Harry Crawford acabaram influenciando o destino e a felicidade das gerações futuras.
Repleto de suspense, A casa das orquídeas viaja da conturbada Europa dos anos 1940 às paisagens multicoloridas da Tailândia, tecendo uma trama complexa e inesquecível.
A história se passa em duas frentes e envolve dois dramas familiares, logo no início conhecemos Júlia que é uma pianista renomada mas que sofreu uma perda muito difícil e não está conseguindo superar... a personagem é a ligação de um segredo familiar, que une duas famílias que viveram em Wharton Park...
A primeira família é a do Lorde Crawford, proprietário de Wharton Park, e a segunda é a dos avós de Júlia que eram jardineiros da mansão... a ligação entre as duas famílias começa a ser desvendada quando o atual lorde, Kit, decide por a casa a venda e reformar o antigo chalé onde viveram os avós de Júlia, lá ele encontra um antigo diário de um jovem que foi prisioneiro na Tailândia durante a segunda guerra mundial...
Júlia e Kit começam a especular sobre quem seria esse jovem e os segredos há muitos anos escondidos começam a ser revelados...
O diário pertencia a um jovem que se casou apressadamente por causa da guerra, foi feito prisioneiro na Tailândia e quando foi libertado se apaixonou por aquela terra e por uma jovem mulher... sua intenção era largar família e esposa para viver aquele amor, dedicar a vida àquela mulher... mas o destino não quis assim e seus desbobramentos mudaram a vida de todos ao redor...
Eu me comovi com a história, tive raiva de vários personagens ao longo da leitura e alguns como a Lídia, a jovem tailandesa, me conquistaram com seu jeito franco e inocente de ver a vida...
Gostaria de falar mais sobre alguns personagens e sobre os desbodramentos da história, mas acho que todo a beleza do livro é descobrir isso aos poucos... e se eu falasse mais sobre o jovem (que me deu raiva), sua esposa (que me deu muita pena) e de como suas vidas foram destruídas, eu iria estar só estragando as surpresas...
O livro tem um tamanho respeitável, são mais de 500 páginas, mas confesso que achei que era muita história boa para se contar em tão pouco espaço... alguns acontecimentos foram narrados de forma tão rápida que eu queria muito mais páginas...
Não posso dizer que o livro foi surpreendente, porque desde o início eu sabia o que viria a acontecer com o jovem e a Lídia, e acertei até mesmo o final da Júlia... mas o negócio aqui não é o suspense e sim a história de pessoas... e na vida real, o amor, o bem e a verdade nem sempre vencem...
Apesar de todos os dramas, o livro tem um final feliz, podem ficar descansadas... pode não ser o que todos gostariam mas é um final de paz e reconciliação com o passado... sem dúvida é um livro que me fez pensar no que realmente vale a pena e do quanto podemos sofrer por bobagens... e acho que vale a pena lerem...
0 comentários:
Deixe seu comentário