Judith McNaught - Sussurros na noite


Neste livro, Judith McNaught, narra a história de Sloan Reynolds, uma policial admirável que leva uma vida simples numa cidade do interior, e que foi criada pela mãe, até que um dia recebe uma ligação do pai, Carter Reynolds, que havia abandonado as duas levando consigo a irmã mais velha do casal. Carter convidou a filha para passar duas semanas em sua casa em companhia de Edith (sua bisavó, uma megera, famosa por sua avareza) e Paris (sua irmã, fria e distante), de início Sloan recusa o convite, mas após ser procurada por um agente do FBI, Paul Richardson, que investiga o seu pai, decide aceitar o convite afim de infiltrá-lo na casa da família.


Sloan só não imaginava que nestas duas semanas iria conhecer seu “homem perfeito”, nem que se veria envolta numa rede de mentiras que acabaria por afastá-la das pessoas que ama...
Sloan Reynolds é leal, integra, linda e orgulhosa (como toda boa mocinha de livros de romance deve ser)... Já Noah Maitland é um enigma em forma de homem, e ainda temos um assassinato e um agente do FBI envolvidos nesta história.
Por tudo isso a narrativa é envolvente, leve, é um bom livro, não suficientemente bom para deixar marcas mais profundas... mas é um ótimo passatempo e uma maneira agradável de relaxar...

Trecho do livro:
“- Você é mesmo imune à incrível aparência dele e à sua fortuna legendária? Ou... estava apenas bancando a difícil?
Mortificada, Sloan olhou para Noah, que aguardava sua resposta.
- Não nos deixe neste suspense, minha cara - Douglas encorajou-a com um sorriso de expectativa.
Toda aquela conversa era tão ultrajante que Sloan cobriu o rosto com as mãos, recostou na cadeira e começou a rir. Riu com tanto gosto que fez os outros rirem também, e quando tentou explicar, a expressão deles fez com que risse ainda mais.
- Eu não entendo nada sobre flertes - disse a Courtney - Se tivesse um... telefone à mão, teria ligado para minha amiga Sara ali mesmo na pista de dança... e perguntaria...
- O quê? - Courtney adiantou-se, ansiosa.
- Perguntaria o que ela diria a um homem que deseja saber o que pode fazer para... para me impressionar.
- Você menciona jóias - Douglas apressou-se em aconselhar. - Fala sobre braceletes de diamantes, coisas assim.
Aquela sugestão tão absurda provocou um novo ataque de riso em Sloan.
- É isso que fazem as mulheres ricas de Palm Beach? - conseguiu falar, entre os risinhos. Sem qualquer constrangimento, agora, ergueu os olhos para Noah. - O que você teria feito se eu... se eu mencionasse um bracelete de diamantes?
Noah fitou aqueles lábios macios e provocantes, e depois o rosto dela. Sob os espessos cílios castanhos, os olhos radiantes tinham um impressionante tom de azul-lavanda, hipnóticos, sem a menor sombra de malícia, e as faces delicadas estavam afogueadas por um leve rubor. Mechas de cabelos escapavam da tiara e reluziam como fios de ouro sobre suas têmporas. Resoluta, despretensiosa e sem a menor afetação, ela brilhava de dentro para fora. E era, ele concluiu, a mulher mais completamente bela que já havia visto. Ela também começou a sentir-se embaraçada sob aquele exame, e o riso vacilou em seus lábios trémulos, os longos cílios fecharam-se, ocultando os olhos.
- Pensando bem - Douglas brincou, interpretando corretamente os pensamentos de Noah -, não perca tempo com o bracelete, Sloan. Pode ir direto para o colar de diamantes.
O tempo passou rápido, depois disso. Na hora em que os pratos do desjejum estavam sendo tirados da mesa, Sloan sentia-se quase como uma amiga da família, e em grande parte graças a Courtney. Com uma imparcialidade democrática, a desbocada adolescente desviara sua atenção de Sloan e alvejara uma série de comentários igualmente impertinentes, e quase sempre hilariantes, no pai e no irmão. Ninguém foi poupado, e ao final da refeição as três vítimas solidarizavam-se mutuamente, compartilhando a mesma impotência, a mesma compaixão e os mesmos risos.”

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